
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Mercado de 2009 (I)



quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Feliz Natal
sábado, 12 de dezembro de 2009
A cereja no topo do bolo

segunda-feira, 30 de novembro de 2009
A noite em que o Génesis e o Apocalipse se tocaram
aMUSEing
domingo, 29 de novembro de 2009
Se Maomé não vai à montanha…

Oriundos de Ayrshire, os escoceses Biffy Clyro respondem pelo nome de Simo
n Neil (voz/guitarra) e dos gémos James e Ben Johnston (baixo e bateria).
No início do ano 1995, depois de algumas aparições em pequenos concertos, o trio encabeçado por Simon Neil (à data acompanhado por Kilmarnock e Ben Johnston) actua como banda de suporte dos Pink Kross – com o nome Skrewfish – o que lhes confere maior visibilidade perante o público.
Segundo o próprio Simon “até àquele momento soávamos como qualquer outra banda que passava o tempo a ouvir Nirvana e que acabava de descobrir o pedal de distorção. No início só queríamos soar como a nossa banda preferida, mas depois de algum tempo pensas que outros te poderão ouvir como a sua banda de eleição.”
O ano de 1997 escreve uma nova página ao trio escocês. Neil ingressa na University of Glasgow, entrando os gémeos Johnston em Stow College, para o estudo de Electronics with Music e Audio Engineering, respectivamente. Aos estudos alia-se uma maior rodagem de palco e a hipótese de conhecer nova gente do meio – em três anos, já com Dee Bahl como manager – gravam a sua primeira maqueta, thekidswhopoptodaywillrocktomorrow, e ouvem pela primeira vez uma das suas músicas passar na rádio.
A vertiginosa passagem dos anos, arrasta um reconhecimento cada vez maior da banda que, depois de abandonar Dee Bahl e pôr aos seus comandos Beggars Banquet, grava três álbuns nos primeiros anos do novo milénio – Blackened Sky (2002), The Vertigo of Bliss (2003) e Infinity Land (2004). Mas é a caminhada entre 06-08, que viria a dar aos Biffy Clyro não só o reconhecimento das massas, como dos grandes nomes da cena musical.
A edição de Puzzle (2007) dá-lhes a oportunidade de partilhar o palco com bandas como Queens of the Stone Age, Linkin Park e Bon Jovi, enquanto Mountains, o primeiro single da banda a entrar para o UK Top 10, os coloca definitivamente nas bocas do mundo.
Com Only Revolutions (2009) na bagagem, e depois de cancelarem o concerto agendado para o Santiago Alquimista, os Biffy Clyro brindam hoje os seus fãs portugueses com um concerto na primeira parte dos britânicos Muse.
É esperar para ver.
sábado, 25 de abril de 2009
Abril da Revolução, Abril da Canção


sábado, 18 de abril de 2009
Menina mulher

Foi sem expectativas que entrei no cinema São Jorge, na passada quinta-feira. No átrio, entre algumas caras conhecidas do grande público e ilustres desconhecidos, destacavam-se os promotores do concerto que, entre cumprimentos e conversas mais ou menos alargadas, iam dando as coordenadas para o acontecimento da noite – poucos bilhetes para venda a assistentes comuns, um curto atraso para levantamento dos últimos convites e a informação de que este seria um espectáculo para ver hoje e comprar depois (percebi que longe de ser o puro concerto para fãs, seria, antes de mais, um concerto para ouvidos críticos).
Tal como anunciado, La Shica entrou no palco da Sala 1 do São Jorge tardiamente. Fizeram-se ouvir os primeiros acordes no contrabaixo que, unidos ao som do guitarrista Fernando (o brasileiro que impõe às suas cordas a força e estímulo ciganos) fizeram-me perceber que a noite não seria de exclusivo flamenco.
Não tinha grande conhecimento do trabalho desta menina espanhola (nem considero que, depois de assistir ao seu concerto, o tenha ganho), mas a forma como conduziu o seu tempo para a glória, a sua voz robusta, a simpatia e a simplicidade com que comunicava com o público, e a capacidade de unir as diferentes e inúmeras abordagens que trespassavam cada uma das suas músicas, conquistaram-me.
La Shica é flamenco (no esplendor do canto e da dança), é jazz, é pop, é rock, é hip-hop. La Shica é salero, é glamour, é entretenimento e espectáculo.
Como espectador, rendi-me. Se produtor, comprava.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Antes de ser…
Dezoito anos depois da sua primeira edição, os Pearl Jam presentearam os seus fãs com a reedição de Ten, disponível no mercado em versão deluxe (2 CD’s + DVD) ou de coleccionador (2 CD’s + DVD + 4 LP’s + K7 Demo com versão original + Notebook + Posters + Réplica + Concerto). Mas o que realmente me importa (por agora), é a descoberta de um dos rios que encheria o oceano de Seattle.

Dissolvidos os Green River, em 1988, Stone Gossar e Jeff Ament decidem continuar juntos e em plena actividade, chamando o guitarrista Bruce Fairweather , o baterista Greg Gilmore e o controverso vocalista Andrew Wood. Nasciam os Mother Love Bone.
Andrew Wood, influenciado por Led Zepplin e Aerosmith e revelando-se ao estilo glam, seria a figura central e o responsável máximo pela curta carreira dos Mother Love Bone. No ano seguinte à sua formação, o EP Shine veio contaminar o som local, predominantemente grunge, criando grandes expectativas para o seu primeiro registo de originais, Apple.

Dias antes do lançamento do promissor álbum (que viria a ser adiado para o final de 1990), Andrew Wood é encontrado com uma overdose de heroína, falecendo poucos dias depois com uma hemorragia cerebral e condenando a auspiciosa banda à extinção prematura.
Finda esta curta caminhada, Ament e Gossar convivem longe de pensar em novos projectos – Jeff Ament não desdenha, no entanto, uma curta incursão em concertos dos War Babies, enquanto Stone Gossar se juntava a Mike McCready, então guitarrista dos Shadow, para que trabalhassem nas suas novas canções.
A restante história rege-se pela batuta de Eddie Vedder e escreve-se sob o signo Pearl Jam.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Dia do Pai
sexta-feira, 6 de março de 2009
O que (se) passa na TV?
Se há coisa que me chateia (e por vezes irrita) na programação que os nossos generalistas têm para oferecer, é a quantidade infindável de publicidade com que nos brindam. Diariamente resistimos aos duros golpes de marketing que nos aplicam, na tentativa de vender o melhor produto, perdemos horas na esperança que o “nosso” programa comece e, quando começa, desesperamos pelo seu reinício. Também já caí nesta rede, mas não por querer mudar o cartão do super-mercado.
Mais que esperar por bons programas de exclusivo musical (excluindo desde já galas de atribuição de prémios e comemoração de aniversários, onde determinados pivots da nossa praça se consideram sósias de Jessica Rabbit e se tentam valer dos dotes musicas que julgam ter), mais do que me perder na noite esperando o concerto que teima em não começar, encontrei na publicidade uma valorosa fonte de descoberta de (novos?) artistas.
Quem não bebeu da história de Brandie Carlile, enquanto invejava a fresca cerveja publicitada pela Super Bock?
Quem não se julgou Optimus por, simplesmente, se deixar levar?
Sobem as vendas, ou ganhamos com o achado?
Já agora, ficaria extremamente grato se me pudessem dar mais informações sobre o tema dos créditos finais da série Liberdade 21, exibida na RTP aos sábados à noite!
terça-feira, 3 de março de 2009
Deolinda: Receita popular para uma noite fantástica.

José Afonso e António Variações, em doses generosas
Sérgio Godinho e Madredeus, qb
Alma de Amália Rodrigues e Alfredo Marceneiro
Pequenos detalhes de rembetika grega
Punhados de música ranchera mexicana
Espírito de samba
Movimentos e graciosidade havaianos
Requintes de jazz
Polvilhados de pop
Modo de preparação:
Numa qualquer sala ávida de boa música, envolva todas as influências e contagie-as nos diferentes ritmos e ambientes.
Deixe-se levar pela voz de Ana Bacalhau, pelas composições e guitarra clássica de Pedro da Silva Martins, pelo contrabaixo de Zé Pedro Leitão e pela mestria de Luís José Martins.
Apure os sentidos, aprimore o humor e abra o espírito para um bom serão de (também) fado.
A opinião do Chef:
A mesa estava posta. Os naperons perfeitamente alinhados. Ao fundo, DEOLINDA, a spray branco, fazendo lembrar as paredes (agora) escritas da velha Lisboa.
Entraram solenes e a meia-luz. Nas paredes da sala podiam-se adivinhar estendais e o cheiro a roupa branca. Mal Por Mal lançou-se na noite e preencheu o pouco que restava de uma sala já cheia.
A cada novo tema, Ana Bacalhau fazia questão de nos contar uma estória. Meninas apaixonadas, danças no baile, amores (im)possíveis, viagens de autocarro ou procissões de aldeia, iam libertando cada música, descodificando cada letra.
Durante, sensivelmente, uma hora e um quarto, Deolinda mostrou-se no seu álbum de estreia, abraçou a sala, sentou-se ao colo dos seus espectadores, num misto de euforia e intimismo. Ao desfile de Canção ao Lado, faltou apenas Fado Castigo, confirmando-se o enorme sucesso de temas como Fon-fon-fon e Fado Toninho (com direito a bis em dois encores reivindicados sob calorosos aplausos) e o enorme poder de vocalização da fadista, que oscila entre as danças havaianas e o folclore ribatejano.
Na noite em que o Fórum Cultural de Alcochete fechou o ciclo dedicado ao fado – Fado (Re)Visitado –, não se ouviu a guitarra portuguesa, a noite não se mostrou de ar triste e sério, não houve fatalismo nem apelo à saudade. Na noite deste fim de ciclo, o grande auditório do Fórum Cultural de Alcochete fez-se bairro, vestiu-se de cores garridas e soube dançar o fado.
Ah fadistas!
Alinhamento completo do concerto (28.Fev.2009 – Fórum Cultural de Alcochete)
Mal por mal

Fado Toninho
Não sei falar de amor
Contado ninguém acredita
Lisboa não é a cidade perfeita
Quando janto em restaurantes
Fon-fon-fon
Eu tenho um melro
Ai rapaz
Canção ao lado
Entre Alvalade e as Portas de Benfica
Garçonete da casa de fado
Movimento perpétuo associativo
Clandestino
O fado não é mau
1º encore
Fado notário
Fon-fon-fon
2º encore
Fado Toninho
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Portem-se bem!
No Búri (ou a Casa dos Postigos), os fins de tarde estendiam-se à noite e por lá corriam metros de cassete com os temas de eleição, ou assistia-se religiosamente às gravações (também) seleccionadas do que de melhor se apurava do saudoso POP OFF. Os Peste & Sida rodaram várias vezes.
1986 marca a primeira aparição dos então Peste del Pop em palco. Donos de um honroso último lugar num concurso de divulgação de novas bandas, ganham balanço para uma ambicionada carreira rock.

A partir do ano seguinte, e depois de adoptarem o controverso nome Peste & Sida, João Pedro Almendra (voz), João San Payo (baixo, voz), Luís Varatojo (guitarra, voz) e Fernando Raposo (bateria), estabelecem-se definitivamente no panorama da música moderna portuguesa presenteando os seus fãs com oito álbuns de originais, várias participações em compilações (destaque para Filhos da Madrugada, em homenagem a José Afonso) e a força das suas prestações ao vivo (1987-2007).
Chuta Cavalo, Sol da Caparica, Gingão, Paulinha ou Família Real, marcaram uma década e o percurso de uma banda que, andando por aí, soube espalhar o seu veneno.
Com João Pedro Almendra e João San Payo, resistentes da formação inicial, e João Alves e Docha a completar o novo colectivo, os Peste & Sida assinalaram os seus vinte anos de carreira com um espectáculo ao vivo no Music Box, no passado dia doze de Fevereiro.
Muitos parabéns e... portem-se bem!
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Pintado a Aguardela

Quando, no início dos anos 90, se mostra na estreia de Sitiados, João Aguardela torna público o esboço do que pretendia desenhar. A pop ganhava novos contornos, nova alegria e uma nova energia nas suas prestações ao vivo.
O início do novo milénio marca o fim do seu primeiro projecto e a afirmação de uma caminhada pessoal. Em entrevista ao jornal Público (1997) diz-se demasiado tradicional para o meio pop e pop demais para o meio tradicional, denunciando-se sob a pena de Megafone. Na mistura da electrónica com diferentes recolhas etnográficas, mostra-se cada vez mais ousado e original num misto urbano e rural.
O Megafone faz-se ouvir por quatro álbuns e em 2002, na companhia de Luís Varatojo e outros líderes de bandas nacionais, emerge na Linha da Frente oferecendo nova roupagem a autores tão consagrados como Ary dos Santos.
Recentemente, e ainda na companhia de Varatojo, João Aguardela fazia d’A Naifa a reinvenção do fado e a exaltação das raízes e das memórias de um país que queria diferente.
Regido por enorme criatividade, visto como pioneiro e visionário, foi sempre capaz de acrescentar à nossa música um acorde longe do vulgar. Completava este mês 40 anos de idade.
João viveu pintado a Aguardela.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Mais vale tarde...

Movido pela constante vontade de ampliar o meu espólio musical, li com a devida atenção o alinhamento desta compilação. David Byrne+Caetano Veloso (num dueto que julgava pouco provável) e nomes como Carlinhos Brown e Smoke City, impulsionaram a troca de duas moedas com o cunho do selo real português (1144), pela vontade de experienciar tal amálgama artística.
Criado com o objectivo de sensibilizar as atenções para o impacto causado pelo crescente surto da epidemia da SIDA, Onda Sonora: Red Hot+Lisbon, desfila vinte e três temas que navegam desde os ambientes carnavalescos, às raízes africanas e ao fado de Coimbra.
Um disco para ouvir sem preconceitos.