sábado, 25 de abril de 2009

Abril da Revolução, Abril da Canção

Houve em tempos um Abril mais escuro, apertado. Houve em tempos um Abril que nos fazia temer as palavras, que as castrava e que as camuflava para que pudessem ter sentido.
Houve em tempos um Zeca, um José Mário, um José Jorge e um Barata Moura, um Ary e um de Carvalho, um Tordo, um Freire, e um e outro e outro ainda.
Houve em tempos um tempo, em que a canção parecia ter mais força, porque a força parecia, muitas vezes, vir da canção.
No dia e à hora marcada, o povo saiu à rua. No dia e à hora marcada, o povo fez-se também soldado, fez do cravo a sua arma e disparou para a liberdade.
Comemoramos hoje trinta e cinco anos de revolução. Comemoramos hoje trinta e cinco anos da força da canção.

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