
A vossos pés me confesso!
Tentei no princípio do ano que agora corre, imprimir maior regularidade a este meu blog. Reconheço a cada dia que, sendo pai de dois filhos, a tarefa não se torna fácil. Não posso, no entanto, deixar apenas guardado na minha caixa de memórias o que me acaba de entrar pela porta.
Depois do lançamento de mais um título do legado da Leopoldina, que a cada Natal o Grupo Sonae faz anunciar sob a tutela da solidariedade, pensei generosamente que a fonte da criatividade se tinha esgotado: mais um disco infantil, com as mesmas canções de sempre, na quadra mais apetecível a um qualquer disco infantil com as mesmas canções de sempre.
Descobri, tardiamente, que este não era um disco qualquer. Que afinal estas mesmas canções de sempre, eram interpretadas por nomes que poderão ficar para sempre.
Do fado de Ana Moura, ao funk dos Expensive Soul, do rock dos Xutos & Pontapés ao folk dos Anaquim, da visão de Legendary Tigerman ao génio de Deolinda, do sopro de Tiago Bettencourt (+ Sam the Kid) ao verbo de Pedro Abrunhosa, da sinceridade de Rita Redshoes à ingenuidade de Gomo, da mestria de David Fonseca à fantasia da infância, este é um disco que cresce a cada faixa, que nos transporta e faz viajar, que traz à pele os sonhos de ontem nas vozes de hoje.
Descobri, tardiamente, que me faltava magia no reportório, que teve tanto tempo guardada naquele que há muito me ia deitar… e que ingenuamente deixei esgotar.
Hoje tive mais Natal… porque afinal ele é sempre que o Homem quiser.
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