sábado, 12 de março de 2011

Onde é que eu já ouvi isto?

Corro o risco de vos escrever em plena hora de ponta da anunciada manifestação da Geração À Rasca. Faço-o consciente da minha falta de comparência e motivado por três grandes estandartes: a vitória dos Homens da Luta na última edição da Festival da Canção; a entrevista de Mário Crespo a Gel, que tive oportunidade de ver ontem num dos jornais nocturnos da SIC Notícias; e o facto de, quer queiramos quer não, se falar de música.

Já muito se disse sobre o que poderá ter motivado um tão grande número de votos a favor dos Homens da Luta, mas se recuar no tempo e me remeter ao concerto de encerramento do Optimus Alive!10, não me custa imaginar que tal moldura humana tenha alegremente contribuído com o seu clic online (e quem sabe com generosos 0,60€ + IVA).

Muito se especulou também, sobre a qualidade (ou falta dela) da interventiva canção Luta é Alegria, mas neste campo não posso deixar de referir alguns factos:

1- 1- Longe vão os tempos de glória da aclamada música ligeira, que tão boa gente colocou na Eurovisão em defesa das cores nacionais.

2- 2- Muitas das denominadas grandes vozes do panorama musical português, revelaram-se maiores fracassos nas votações do tão aclamado festival.

3- 3- Parece-me um pouco excessivo que tantos Pedros Miguéis tenham tentado elevar o estatuto português, com resultados tão medíocres e sem qualquer expressão de vitória.

4- 4- Se o grande receio é que o país saia envergonhado com a prestação de Gel & Cia, faço minhas as palavras de Bruno Nogueira relembrando as cestas de fruta trincada e papagaios voadores, que obrigamos a Europa a ouvir.

No próximo mês de Maio, com ou sem vergonha, com maior ou menor espaço à revolução, os Homens da Luta serão em solo Alemão a voz de um povo que parece não querer ficar calado, recordando que a sua sonoridade é a que mais se aproxima da canção portuguesa mais votada em festivais da Eurovisão (lembram-se da Lúcia Moniz?).

Força camaradas!


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