
Era uma vez .Podia ter começado assim o concerto que B Fachada deu no último sábado no Fórum Cultural de Alcochete - B de Bernardo, Fachada justificando, talvez, a utilização do B.
Semente germinada no solo fértil da Flor Caveira, o trovador de Cascais subiu ao palco, que reconheceu ser bom para o teatro, como quem caminha numa procissão - cabisbaixo, violas a alumiar o caminho (pese o facto de ter sido o primeiro pagão a gravar para a já referida editora). Sentado ao piano, luxo que confessou (a fonte segura) não ser de um artista pobre, fez esquecer a maldade meteorológica que se abatia lá fora e destilou versos e canções, numa noite que se fez provençal.
Como quem canta para a torre de um castelo ou ora em praça pública, B Fachada laureou-se de canção em canção, do piano para a viola, de viola em viola, de estória em estória, num misto de amor, escárnio e extrema boa disposição. De passeio no pónei dourado ou à chamada do seu novo homónimo, não faltaram Só te Falta Seres Mulher, Kit de Prestidigitação, Responso para Maridos Transviados, Conceição ou o mais corrido Estar à Espera ou Procurar.
Na noite que confessou estar (ainda) a aprender o timing certo para regressar em encore, B Fachada cantou solene, brindou-nos (quase) à capela e despediu-se tal como se me dera a conhecer - sentida e vigorosa prestação de Zé!.
Veio a pé e merecia ter saído de Cadillac. E é ainda muito novo!
é sempre tão bom ver este rapaz!
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